As cardiopatias congénitas são as malformações congénitas mais frequentes, tendo uma incidência na população geral de 0,8-1,2%. Apenas uma minoria dos casos (2-3%) são situações graves, com necessidade de intervenção neonatal.
A formação do coração ocorre quase totalmente nas primeiras semanas de gravidez, assim, é possível, através do ecocardiograma fetal observar o coração fetal e perceber se este está bem formado, é funcionalmente normal e tem um ritmo adequado.
A idade ideal para realizar este exame é entre as 18 e as 22 semanas de gravidez.
Existem indicações precisas para a realização do ecocardiograma fetal, que se dividem em: causa fetal (fetos com anomalias cromossómicas, fetos com outras malformações, por exemplo), causa materna (por exemplo doença materna como a diabetes ou doenças autoimunes, exposição da mãe a alguns fármacos) e causa familiar (antecedentes de irmão, pai ou mãe cardiopatia por exemplo).
Com os avanços no diagnóstico, tratamento e cuidados pré e pós-operatórios, os doentes que nascem com cardiopatia congénita, isolada, com possível correção cirúrgica têm uma esperança média de vida próxima das crianças saudáveis.